FAA diz que a certificação do Boeing 737 MAX pode não sair este ano, por problemas com cronograma
Marcel Cardoso Publicado em 25/03/2022, às 06h05
A Boeing pode não receber a certificação operacional do 737 MAX 10 em 2022. É o que a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos disse ao fabricante em uma carta enviada pelo gerente interino do órgão, na segunda-feira (21), segundo a agência Reuters.
Isto significa que os voos com passageiros com a versão mais alongada do modelo podem não sair do papel até 31 de dezembro, prazo de segurança dado pelo Congresso norte-americano para que um cronograma robusto para a obtenção do documento seja apresentado.
"Estamos trabalhando para fornecer a documentação oficial de pontos específicos dentro do programa de certificação, de acordo com o pedido da FAA", limitou-se a dizer o fabricante, em nota. Uma das companhias aéreas com pedidos ativos da nova versão é a Gol Linhas Aéreas, que, segundo a previsão mais recente, tinha a possibilidade de receber as primeiras unidades no próximo ano.
Este é o segundo revés que a Boeing teve em uma segunda-feira trágica para a empresa, que começou com o acidente envolvendo um 737-800 (B-1791) da China Eastern Airlines, vitimando 132 pessoas no país asiático, culminando com a decisão da companhia aérea de suspender as operações de dezenas de aeronaves, para que elas passem por uma espécie de ‘pente fino’ para encontrar possíveis indícios de falhas de manutenção.