Executivo destacou aprendizado e estreita colaboração da agência brasileira em todo o processo
Por Gabriel Benevides Publicado em 26/11/2020, às 17h00 - Atualizado às 18h29
Retorno do 737 MAX aos céus brasileiros deverá ocorrer nas próximas semanas
Após a conclusão do trabalho independente da Anac na última quarta-feira (26) para revalidar as modificações do projeto do 737 MAX e assim, rescindindo a ordem que suspendia as operações no Brasil, David Calhou, CEO da Boeing comentou a decisão brasileira.
O executivo destacou o aprendizado da Boeing com o episódio, destacando a atenção especial com relação a segurança. O avião ficou proibido de voar por vinte meses, enquanto todo seu projeto foi minuciosamente reavaliado pelas autoridades competentes e o corpo de engenharia do fabricante norte-americano.
"Não passa um dia sem que não nos lembremos, reflitamos e nos dediquemos novamente a garantir que acidentes como os que levaram à decisão de suspender as operações nunca mais aconteçam", disse David Calhoun, CEO da The Boeing Company. “A Boeing trabalhou em estreita colaboração com a FAA e a Anac para atender às suas expectativas de retornar com segurança o 737 MAX ao serviço comercial no Brasil”.
Após mais de 4.440 horas de testes conduzidos pela Boeing e FAA, incluindo mais de 1.350 voos e a participação direta de equipes de mecânicos e engenheiros da Boeing durante o processo, o 737 MAX foi finalmente autorizado a voltar aos céus.
Agora o retorno dependerá das empresas operadoras do avião atender aos requisitos definidos pelas autoridades, incluindo a Anac, que inclui a manutenção adequada durante o armazenamento ao longo dos últimos 20 meses.
A validação do processo ocorreu após os técnicos da Anac concordarem com a avaliação da FAA de que todos os elementos técnicos e regulatórios necessários para endereçar as questões de segurança foram realizados.
Como ocorre em todo o mundo, a agência brasileira validou a mesma Diretriz de Aeronavegabilidade emitida pela FAA no último dia 20, tendo assim vigência automática no Brasil.