O Brasil pretende dominar 75% das tecnologias críticas de defesa até 2033, avançando em radares, foguetes e sistemas militares
Por Gabriel Benevides Publicado em 12/02/2025, às 14h03
O governo brasileiro anunciou um investimento de R$ 112,9 bilhões para fortalecer a indústria de defesa nacional. Desse montante, R$ 79,8 bilhões são provenientes de recursos públicos, enquanto R$ 33,1 bilhões vêm do setor privado.
Os investimentos públicos incluem o PAC Defesa, que destina R$ 31,4 bilhões a projetos como o caça Gripen, o avião cargueiro KC-390, viaturas blindadas, fragatas e submarinos.
O objetivo é ampliar o domínio brasileiro em áreas estratégicas como radares, satélites e foguetes, fortalecendo cadeias produtivas nesses setores. As metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) preveem alcançar 55% de domínio das tecnologias críticas para a defesa até 2026 e 75% até 2033. Atualmente, o Brasil domina 42,7% dessas tecnologias.
Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou que estuda alternativas de apoio ao complexo industrial de defesa brasileiro, incluindo a possibilidade de utilizar o futuro Eximbank, instituição financeira de fomento à exportação, neste programa.
Esses investimentos visam impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de ponta na defesa que podem ter aplicações civis, como GPS e drones, aumentando a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.