Bombardeiros da Rússia e China treinam em conjunto. Tóquio e Seul enviam caças
Por André Magalhães Publicado em 01/12/2022, às 10h25
Bombardeiros russos e chineses realizaram voos de treinamento conjunto na quarta-feira (30), em regiões próximas ao Japão e a Coreia do Sul, que deslocaram caças para averiguação.
Ao todo, eram quatro aviões Tu-95 Bear da Rússia e dois H-6 da China. Tais aeronaves fazem parte da espinha dorsal de bombardeiros de cada país.
Os H-6 voaram sobre o Mar da China Oriental pelo do Estreito de Tsushima, seguindo para o Mar do Japão, mais ao norte. Já os Tu-95 russos voaram na direção sul. Como resposta, caças da Força Aérea de Autodefesa do Japão (Jasdf, na sigla em inglês) foram acionados.
A declaração de Seul apontou que além dos bombardeiros, caças Su-35 russos faziam a escolta das aeronaves. De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, ambos entraram na Zona de Identificação de Defesa da Coreia, que por sua vez também enviou caças.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou a operação em conjunto com Pequim. Ainda foi dito que os os bombardeiros russos "estavam com mísseis e o voo durou oito horas".
"No cumprimento de suas missões, as aeronaves de ambos os países agiram em estrita observância das disposições do direito internacional. Não houve violações do espaço aéreo de Estados estrangeiros", disse a defesa russa.
“De acordo com o plano anual de cooperação militar entre os militares chineses e russos, em 30 de novembro, as forças aéreas dos dois países organizaram uma patrulha aérea estratégica conjunta de rotina sobre o Mar do Japão, o Mar da China Oriental e o Pacífico Ocidental. Oceano”, publicou a China.