Manobra ocorreu próximo as regiões de fronteira de diversos países rivais
Por Gabriel Benevides Publicado em 23/12/2020, às 12h00 - Atualizado às 14h20
Exercício entre Rússia e China envolveu caças e bombardeiros de ambos os países
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na última terça-feira (22), a realização da segunda patrulha aérea conjunta com a China. O exercício especial envolveu as forças aeroespaciais russas e a força aérea do exército de libertação popular chinês, que ampliaram sua interação conjunta.
Foram utilizados dois bombardeiros russos Tupolev Tu-95MS e quatro bombardeiros chineses Xian H-6K, este último uma versão do Tu-16 produzido na China. A manobra ocorre em um momento que ambos os países se preparam para lidar com as novas políticas internacionais dos Estados Unidos.
Os seis aviões voaram através do Mar do Japão e o Mar da China Oriental, próximo a fronteiras de rivais como Japão, Coreia do Sul, Taiwan e bases militares norte-americanas na região. Ainda que seja considerado uma missão padrão, o exercício demonstrou a capacidade de resposta e ataque da Rússia e China, que ampliaram sua atuação conjunta em diversas pautas geopolíticas e projetos estratégicos.
Note que o ronco característico do Tu-95 é audível mesmo quando filmado de um caça
A missão teve o objetivo de aprofundar e desenvolver as relações russo-chinesas de parceria abrangente, visando melhorar a interação entre as forças armadas dos dois países e fortalecer as suas estratégias.
Durante a missão, as aeronaves de ambos os países atuaram estritamente de acordo com as disposições do direito internacional sem violação do espaço aéreo de outros países.