Cadeia produtiva será reativada parcialmente e de forma gradual ao longo das próximas semanas
Por Gabriel Benevides Publicado em 21/04/2020, às 15h00 - Atualizado às 16h44
A Boeing está retomando a produção nos Estados Unidos, com destaque para as unidades localizadas na região de Puget Sound, nos arredores de Seattle. O fabricante espera retomar a cadeia de produção gradualmente por meio de fases nas plantas de Everett, Renton, Auburn e Frederickson, com 27.000 funcionários.
As linhas de produção em Seattle são diretamente responsáveis pela fabricação de toda a linha de aviões comerciais da Boeing. A expectativa é que os funcionários que estavam de licença até hoje (21) retornem ao trabalho gradualmente. A operação da unidade de Charleston, na Carolina do Sul, responsável pela produção do 787 Dreamliner, deverá manter a paralisação por tempo indeterminado.
“A saúde e segurança de nossos funcionários, suas famílias e comunidades são nossa prioridade compartilhada”, disse Stan Deal, CEO da Boeing Commercial Airplanes. “Essa abordagem em fases garante que tenhamos uma base de suprimentos confiáveis, para que os equipamentos de proteção individual estejam prontamente disponíveis e tenhamos todas as medidas de segurança necessárias para retornar o trabalho essencial para nossos clientes”.
A Boeing pretende criar escalas especiais para os seus funcionários para que não haja grande fluxo de pessoas chegando e saindo simultaneamente das suas instalações. Além disso, criou protocolos especiais de distanciamento social e fornecerá equipamentos de proteção individual para aqueles que irão trabalhar em locais fechados por um longo período de tempo.
Com o avanço dos casos de COVID-19 nos Estados Unidos, a produção da Boeing foi praticamente suspensa em toda a região de Seattle após o estado de Washington, na costa oeste, declarar estado de emergência por conta da pandemia. No dia 25 de março o fabricante havia anunciado uma pausa que deveria durar duas semanas, mas estendeu o prazo até o dia 21 de abril por conta da alta propagação do coronavírus na região.