Sistema permitirá gerar energia que seria suficiente para abastecer 40 casas médias
Por Gabriel Benevides Publicado em 15/01/2021, às 10h00 - Atualizado às 10h55
Os seis novos paineis solares serão instalados próximos ao conjunto original, conforme imagem acima
Buscando apoiar as crescentes capacidades de pesquisa e oportunidades comerciais da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), a Boeing fornecerá mais seis novos painéis solares o laboratório orbital.
Os novos painéis devem ampliar a capacidade de suprimento de energia da estação. Nos últimos meses os cientistas têm demandado um número maior de experimentos, além das agências espaciais sócias do projeto terem permanentemente mantido uma tripulação maior.
As novas matrizes elétricas de 19 metros por 6 metros produzirão juntas mais de 120 quilowatts de eletricidade a partir da energia solar. Comparativamente apenas este adicional energético é suficiente para abastecer mais de 40 residências médias nos Estados Unidos.
Combinado com os oito painéis solares originais, o novo sistema avançado fornecerá um aumento de 20 a 30 por cento na potência atual, ajudando a maximizar a capacidade da estação nos próximos anos. Os painéis vão permitir ampliar a eletricidade disponível para continuar uma ampla variedade de experimentos e pesquisas no ambiente de microgravidade da estação.
“Essas matrizes, junto com outras atualizações recentes no sistema de energia da estação e na velocidade de transferência de dados, garantirão que a ISS continue sendo uma incubadora e modelo de negócios no ecossistema do espaço comercial nas próximas décadas”, disse John Mulholland, vice-presidente da ISS e gerente de programa da Boeing. “O acesso a este laboratório único continuará a dar frutos à medida que os pesquisadores estudam os desafios da futura exploração do espaço profundo e fazem descobertas que melhoram a vida na Terra”.
A maioria dos sistemas da ISS, incluindo seus sistemas de comunicação, baterias e racks de equipamentos científicos, foram atualizados desde que os humanos começaram uma presença continua no laboratório orbital em novembro de 2000.
Dois adaptadores de ancoragem internacionais, fabricados pela Boeing, foram anexados à ISS para permitir que espaçonaves comerciais possam atracar autonomamente à estação, fazendo da Boeing, o principal contratante para a sustentação da ISS, garantindo para a Estação Internacional Espacial operar com segurança além de 2030.
Porém, a nave espacial da Boeing, a Starliner, acumula uma série de atrasos e falhas nos sistemas. A intenção era que a nave fosse um complemento as missões da Crew Dragon, da SpaceX, ampliando as opções da Nasa no envio de astronautas ao espaço.