A fabricante está fazendo as modificações no primeiro 747-8 em suas instalações de San Antonio, Texas
Por Gabriel Benevides Publicado em 16/03/2020, às 00h00 - Atualizado em 25/03/2020, às 16h56
Segundo a USAF, a Boeing deu o pontapé inicial na preparação da próxima aeronave de transporte executivo do presidente norte-americano. As duas unidades dos novos VC-25B estão projetadas para serem entregues até dezembro de 2024 e possuem a expectativa para operarem nos próximos 30 anos.
“A primeira etapa de modificação da aeronave inclui a retirada de grandes partes estruturais localizados nas áreas inferior e frontal da aeronave e a instalação de dois painéis recém-fabricados”, disse a Boeing. “Os novos painéis contam com atualizações estruturais e recortes para as portas do andar inferior dos futuros VC-25B, o que inclui a instalação de escadas térmicas internas para os requisitos da missão.”
Atualmente, a USAF conta com dois VC-25A (747–200) entregues em 1991, mas o alto custo para manter as aeronaves em operação se tornou o principal motivo para substituir a frota de aeronaves presidenciais. Os dois 747-8 que serão transformados na configuração VC-25B são oriundos da Transaero, companhia russa que declarou falência em 2015 antes mesmo que as aeronaves fossem entregues.
Segundo a USAF, “a Boeing preparou as duas aeronaves para o início das modificações com a remoção dos interiores comerciais, motores, unidades de energia auxiliares e vários componentes secundários do sistema”, além disso, a Boeing instalou um sofisticado mecanismo de elevação da aeronave para reduzir um possível estresse estrutural durante as primeiras fases de modificação.
Os futuros VC-25B precisam ser adaptados para que durante o voo o presidente dos EUA possa administrar o governo federal, o que inclui o comando das forças armadas.
Para isso, as futuras modificações incluirão: atualizações no sistema elétrico das aeronaves, novos sistemas de comunicação de missão, instalações médicas, integração de GPS militares nos sistema de gerenciamento de voo, interiores executivos e recursos autônomos de operações em terra.
Modificações nos sistemas de alerta também estarão presentes nas aeronaves, o que inclui sistemas de alerta de mísseis e tecnologias defensivas, além de sistemas de defesa direcionados por infravermelho e distribuição de resíduos.
Como medidas para garantir que os novos aviões presidenciais sejam autossuficientes no solo, a Boeing deverá substituir as APU (unidade de energia auxiliar) instaladas nas aeronaves, por duas APU de fabricantes não identificados.