Os cerca de 33.000 funcionários da Boeing que estão em greve não contam mais com plano de saúde oferecido pelo fabricante
Por Marcel Cardoso Publicado em 03/10/2024, às 08h38
A Boeing cortou, na última terça-feira (1), o oferecimento de plano de saúde para os cerca de 33.000 funcionários que estão em greve desde o último dia 13 de setembro. A medida foi comunicada por meio de notificações enviadas pelo Serviço Postal dos Estados Unidos.
A Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), sindicato que representa a categoria, criticou a decisão do fabricante, apesar de saber que os trabalhadores já estavam preparados para tal atitude.
"Um dia dizem que querem reconquistar a confiança de sua força de trabalho. No momento seguinte, cortam um benefício essencial para as famílias, o que não resolve os maiores problemas que a Boeing enfrentou nos últimos dez anos. Esses erros estão custando não só aos trabalhadores, mas à nossa nação", disse Brian Bryant, presidente da entidade.
Em nota a uma afiliada da rede de TV americana NBC, a Boeing confirmou o corte e disse que está disposta a negociar e chegar a um acordo o quanto antes. A empresa propôs aumentos salariais de 25% ao longo de quatro anos e melhorias nos benefícios de saúde e aposentadoria. No entanto, o sindicato buscava um aumento de cerca de 40%, alegando que a proposta não cobria o aumento do custo de vida.