Sindicato que representa funcionários da Boeing encerrou rodada de negociações sem chegar em um acordo
A greve de funcionários da Boeing já dura dezesseis dias e o sindicato que representa os trabalhadores disse, na última sexta-feira (27), que as negociações foram interrompidas sem um acordo, depois de uma nova rodada de negociações.
O sindicato disse ainda que não há previsão para a retomada das negociações. Entre as principais reinvidicações, estão um aumento salarial de 40% e a reintegração de um plano de pensão que foi removido há aproximadamente dez anos.
“Com o apoio dos Serviços Federais de Mediação e Conciliação (FMCS), tivemos discussões francas sobre as necessidades de nossos membros e os resultados esperados que eles estão buscando”, disse a Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM), em nota.
Na última semana, a Boeing começou a colocar funcionários não sindicalizados em licença não remunerada para reduzir custos e como suposta forma de pressionar os grevistas. Eles receberam seus últimos salários há duas semanas e perderam o acesso ao plano de saúde.
O movimento grevista, o primeiro em dezesseis anos, começou depois que trabalhadores da região de Seattle e do Oregon obtiveram uma votação de 94,6% contra um acordo provisório apresentado pela Boeing e pelo IAM. A votação mostrou 96% de apoio à greve, superando os dois terços necessários para a paralisação.
A votação também um revés para Kelly Ortberg, que assumiu o posto de CEO da Boeing no início de agosto, na véspera da greve.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 30/09/2024, às 09h23