Boeing apresenta primeiro treinador avançado a ser entregue à Usaf

Treinador T-7A Red Hawk tem nome em homenagem aos aviadores afro-americanos que lutaram na Segunda Guerra

Por André Magalhães Publicado em 28/04/2022, às 19h10

Voo inaugural do T-7A ocorreu em dezembro de 2016 iniciando a fase de testes - Boeing

A Boeing apresentou hoje (28) o primeiro treinador avançado T-7A Red Hawk que será entregue à Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf, na sigla em inglês). 

O novo avião de treinamento deverá substituir os veteranos T-38 Talon e foi desenvolvido pela sueca Saab em parceria com a Boeing, prevendo um avião de elevada capacidade, com grande manobrabilidade e desempenho.

“Estamos entusiasmados e honrados em entregar este treinador digitalmente avançado e de última geração para a Força Aérea dos EUA”, disse Ted Colbert, presidente e CEO da Boeing Defense, Space & Security.

Ao todo, a Usaf planeja encomendar 351 aviões que serão a base da formação dos pilotos de caça da força aérea norte-americana, que no futuro irão comandar F-16V, F-15EX, F-22 e F-35A. 

Atualmente, a força aérea opera os T-38 Talon, jatos treinadores introduzidos ainda na década de 1960. O Red Hawk irá substituir gradualmente os Talon nas bases de formação da Usaf.

A montagem do T-7A também conta com a participação da empresa sueca Saab. Os trabalhos por parte da Boeing são feitos na cidade de St. Louis, Missouri. Já os da Saab, que está construíndo a parte traseira do jato, é realizados em Linkoping, Suécia.

O que chama a atenção no treinador é seu estabilizador vertical duplo vermelho (cauda da aeronave). A cor chamativa é uma homenagem aos Tuskegee Airmen, aviadores afro-americanos que lutaram na Segunda Guerra Mundial nos clássicos P-51 Mustang.

"Assim como os aviadores aos quais foram nomeados e pintados para homenagear, os T-7A Red Hawks quebram as barreiras do voo, as aeronaves projetadas digitalmente possibilitarão que uma seção transversal diversificada de futuros pilotos de caças", disse o general Charles Q. Brown Jr., chefe do Estado-Maior da Força Aérea.

Contudo, o desenvolvimento da aeronave sofreu atrasos por conta da pandemia de Covid-19 e, além disso, tem custado caro para a Boeing, com um valor sendo gasto estimado em US$ 367 milhões.

 

 

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