Boeing apresenta pior mês de agosto em sua história

Balanço divulgado pelo fabricante aponta apenas seis encomendas no último mês, ante 99 no mesmo período de 2018

Por Santiago Oliver | Fotos: Divulgação Publicado em 11/09/2019, às 14h00 - Atualizado às 14h54

Relatório da Boeing aponta que os custos relacionados ao 737 MAX aumentaram em US$ 1,7 bilhão

Envolta em uma série de problemas com seus dois principais programas em andamento, a Boeing assistiu a um dos piores meses de agosto de sua história quando apenas seis aviões foram encomendados.

O número foi apresentado durante a divulgação dos dados de vendas e entregas referentes ao mês de agosto. Em comparação ao ano anterior, a Boeing obteve 99 pedidos no mesmo período.

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Parte dos problemas é referente a incerteza sobre a data de retomada dos voos do 737 MAX, que teve sua autorização de voo suspensa em todo o mundo em março. A expectativa era que o avião pudesse voltar ao serviço em meados de agosto, mas a FAA e as autoridades aeronáuticas de outros países no mundo não possuem prazo para recertificar a família 737 MAX. Outro entrave foram os recentes atrasos no programa 777X, que enfrenta problemas com seus motores GE9X e mais recentemente uma falha catastrófica na seção traseira da fuselagem durante um ensaio estático.

O comparativo entre os oito primeiros meses de 2019 e o mesmo período do ano anterior também mostram uma drástica redução das encomendas. Em 2018 a Boeing registrou 497 pedidos entre janeiro e agosto, com apenas 73 pedidos em 2019. As encomendas mais recentes foram para dois 787-9 Dreamliner, que constam como de um cliente não revelado.

Em julho a Boeing havia informado perda por ação (GAAP) de US$ 5,21e perda por ação principal (não-GAAP) de (US$ 5,82), refletindo o impacto gerado pelo 737 MAX, que reduziu a receita em US$ 5,6 bilhões e os ganhos em US$ 8,74 por ação.

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