Foco está na diminuição dos custos a curto prazo por conta da redução da demanda de viagens ocasionado pelo Covid-19
Por Gabriel Benevides Publicado em 13/03/2020, às 21h00 - Atualizado em 17/03/2020, às 13h45
Desde que o surto de coronavírus se espalhou pelo mundo, diversas companhias aéreas tiveram que encontrar alguma forma de reduzir os seus gastos ocasionados pelo coronavírus e custos adicionais de manutenção e combustível; American Airlines aproveitou este momento para acelerar o processo de aposentadoria das aeronaves mais antigas na sua frota, e anunciou que irá retirar toda a sua frota do Boeing 767-300 até maio.
Atualmente com 16 aeronaves em sua malha, que possuem uma média de idade de 20 anos, a American tinha como plano inicial aposentar toda a frota do 767 para o último trimestre de 2021.
Com esta aposentadoria, a American terá em seu caminho um grande desafio pela frente, pois o 767 possui a capacidade e alcance único para alguns mercados da companhia, e com a aposentadoria do 767 mais com o groundeamento do 737 MAX, o Boeing 787 se tornará a espinha dorsal da companhia, e rotas como Miami-Córdoba ficarão interrompidas.
O Boeing 757-200 será aposentado apenas em 2021, tendo o A321XLR como provável substituto Foto: Gabriel Benevides
Outra aeronave que está com os dias contados na companhia é o Boeing 757-200, tendo o início da sua aposentadoria marcado entre maio de 2020 e outubro de 2021 no mais tardar. A frota de 34 unidades conta com uma média de 20 anos. No Brasil, apenas Brasília tem a presença do 757, por meio da rota Miami-Brasília, que deveria estar sendo operada pelo Boeing 737 MAX.
Com estas aposentadorias, a frota de longo curso da American será composta exclusivamente pelos Boeing 787 e 777, além do Airbus A330, deixando uma lacuna a ser ocupada pelos 737 MAX e o Airbus A321XLR encomendados pela companhia.