Autoridades dos EUA avaliam se problema no principal avião da Boeing era recorrente
Por Marcel Cardoso Publicado em 05/05/2021, às 10h00 - Atualizado às 10h20
Autoridades dos EUA querem saber o quanto a Boeing sabia sobre as falhas elétricas encontradas no 737 MAX
Autoridades de segurança aérea norte-americanas pediram que a Boeing forneça uma nova documentação mostrando que vários subsistemas do 737 MAX já teriam problemas de aterramento elétrico em pelo menos três áreas distintas no cockpit.
Parte da frota está com a operação interrompida por conta dos problemas relacionados aos problemas de qualidade na produção, que envolveram a instalação fora dos padrões de uma unidade de controle de energia de backup de alguns aviões recém-construídos.
A falha foi anunciada no último dia 9 de abril, evoluindo para a suspensão das entregas pela fabricante, desde a semana passada. Segundo a agência Reuters, as autoridades dos Estados Unidos buscam saber quais áreas do 737 MAX a Boeing já sabia que teria problemas.
A paralisação atual envolve aproximadamente um quarto da frota mundial, comprometendo a confiabilidade do avião perante ao mercado e usuários. As companhias aéreas dos Estados Unidos, que utilizam o 737 MAX, esperavam que a Boeing divulgasse os boletins de serviço esta semana, o que permitiria que as correções necessárias fossem feitas rapidamente. Porém, com o maior envolvimento da FAA, a agência de aviação civil dos Estados Unidos, a previsão é que o processo poderá atrasar.
O 737 MAX voltou a operar comercialmente em dezembro de 2020, após 20 meses, e depois que dois acidentes fatais vitimaram 346 pessoas.