Empresas aéreas esperavam uma normalização do tráfego internacional no mês de maio
Setor aéreo teme perdas de R$ 431 bilhões com manutenção da proibição de voos internacionais no Reino Unido
O governo britânico manteve a proibição de viagens internacionais para os cidadãos britânicos para o exterior, a não ser que apresentem uma justificativa plausível.
A expectativa das empresas aéreas do Reino Unido era que com a campanha de vacinação em massa, o Primeiro-Ministro, Boris Johnson, anunciasse a retomada das viagens internacionais para o dia 17 de maio.
A intenção era aproveitar o início da alta temporada de verão no hemisfério norte, que se extende com elevado movimento até o final de setembro. Porém, o governo manteve a proibição de viagens internacionais sob a alegação que ainda é preciptado a reabertura de fronteiras.
Ontem Johnson fez um apelo para que os britânicos fossem realistas, dizendo a preocupação é que a retomada do fluxo internacional pudesse permitir a importação de novas variantes do vírus, que ainda são desconhecidas e representam maior risco.
Os operadores aeroportuários e as empresas aéreas do Reino Unido discordam e defendem a liberação de viagens ao exterior, respeitando um sistema de cores de alerta, com verde, âmbar e vermelho.
No verde, quem retornar ao Reino Unido em países considerados seguros devem fazer o teste de covid-19 antes e depois do embarque. No âmbar, passageiros devem ficar de quarentena por dez dias. E no vermelho, todos devem fazer quarentena em hotéis de países classificados nesta cor por dez dias.
Segundo as partes, se a retomada ocorrer somente em setembro, perdendo todo o período de alta estação, cerca de US$ 77 bilhões (R$ 431 bilhões) que seriam injetados na economia poderão ser perdidos. Em 2020, as empresas aéreas do Reino Unido tiveram o pior verão em 45 anos, com apenas 14,2 milhões de passageiros passando pelos aeroportos do país.
Por Marcel Carodoso
Publicado em 08/04/2021, às 16h00 - Atualizado às 16h53
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