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Voos mais longos do mundo

Mais longo voo do mundo com o Boeing 737 será operado pela Gol

Operação entre Brasília e Orlando percorrerá uma distância de 6.996 km


Após receber os primeiros Boeing 737 MAX, a Gol iniciará em novembro voos diretos entre o Brasil e Estados Unidos. Um dos destaques dos voos é estarem fora do eixo São Paulo – Rio, que concentram a maior parte dos voos internacionais do país. Para a Flórida, serão quatro saídas diárias partindo dos aeroportos de Brasília e Fortaleza, ambas cidades oferecendo voos para Miami e Orlando.

A empresa espera com isso ampliar a oferta de voos em cidades com grande demanda, oferecendo conexões rápidas para mais de 30 destinos na América do Sul. Nos Estados Unidos a parceria com a Delta Air Lines permitirá os passageiros sejam conectados de forma facilitada a oito cidades: Atlanta, Salt Lake, Cincinnati, Nova York LaGuardia, Detroit, Los Angeles, Indianápolis e Mineápolis.

“Estamos buscando essas conquistas também em mercados internacionais, nos quais observamos que temos significativas oportunidades de atuação e crescimento”, diz Eduardo Bernardes, vice-presidente de Vendas e Marketing da Gol.

Embora o 737 MAX 8 conte com um tanque menor de combustível, as melhorias aerodinâmicas e os novos motores CFM Leap-1B oferecem um alcance até 20% superior, com uma economia de combustível de 20%. Graças a maior autonomia dos novos aviões, a Gol terá as duas maiores rotas operadas pelo Boeing 737 MAX 8, a maior delas, entre Brasília e Orlando percorrerá uma distância de 3.778 nm (6.996 km), enquanto os voos para a cidade norte-americana partindo de Fortaleza devem percorrer 3.400 nm (6.296 km).

Os 737 MAX 8 são uma evolução dos atuais 737 NG. Externamente se destacam os novos winglets, os dispositivos de ponta de asas que agora apresentam um formato em “V”. O conceito Advanced Technology combina dois perfis na ponta das asas, que na prática são uma evolução de um conceito que existiu no passado com MD-11. Embora com tecnologia completamente nova, o desenho atual permite um melhor ganho de eficiência das asas, ao reduzir o arrasto e aumentar a sustentação, os novos winglet permite uma redução de 1,5% no consumo de combustível. Outra mudança foi no cone de cauda, que ficou 109 cm mais longo, o que combinado a melhorias em alguns sistemas, gerou uma redução de consumo de outros 1%. Os novos motores CFM LEAP-1B, são ligeiramente maiores do que os propulsores anteriores e utilizam apenas 18 pás do fan produzidas em fibra de carbono, que contam com desenho altamente eficiente. Além disso, o motor recebeu melhorias nos sistemas de queima de combustível e turbina, o que permitiu ser 15% mais eficiente na queima de combustível, além de contar com maior potência.

Para os passageiros, o avião recebeu algumas melhorias, como refinamento no layout interno da cabine. Embora visualmente pouco perceptível, o avião promete ser mais confortável mesmo em versões de alta densidade, já que poderá levar mais passageiros do que o 737-800, mesmo com uma fuselagem basicamente do mesmo tamanho.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 22/10/2018, às 15h00 - Atualizado às 17h42


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