Acordo entre a Boom Supersonic e a Virgin foi assinado em 2016, mas perdeu validade quatro anos depois
A Virgin Group desistiu de levar adiante o pedido de aviões supersônicos da Boom Supersonic, anunciado em 2016.
Segundo o jornal britânico The Telegraph, a partir do momento do anúncio, as partes nunca chegaram a um acordo e o memorando de intenção para a encomenda das aeronaves perdeu validade em 2020. Porém, outras três companhias aéreas têm pedidos ativos.
"A carteira de pedidos comerciais da Boom é de 130 aeronaves, incluindo pedidos e pré-encomendas da American Airlines, United Airlines e Japan Airlines. O Virgin Group não tem um compromisso firme com a Boom atualmente. Estamos ansiosos para continuar as discussões com sua equipe sobre viagens supersônicas sustentáveis”, disse o fabricante, em nota.
Em junho, foi anunciado que o modelo Overture adiou os primeiros voos para 2027 e sua primeira operação comercial para 2030, um ano depois do previsto inicialmente. Ele pode transportar de 65 a 80 passageiros, a uma velocidade Mach 1.7 (2.080 km/h), o equivalente a mais que o dobro de um avião comercial convencional.
Enquanto o fabricante está erguendo o seu centro de produção, nos Estados Unidos, um acordo com a Leonardo, a Aernnova e a Aciturri irá permitir a fabricação das aeronaves até a obtenção de certificações pelos reguladores internacionais, o que está previsto para acontecer até 2029.
Este não foi o primeiro revés que a Boom recebeu do projeto, apesar de ter vindo a público somente três anos depois. Em setembro de 2022, a Rolls-Royce desistiu da intenção de produzir motores para o Overture, por entender que o mercado de aviões supersônicos não é uma prioridade para a empresa.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 10/07/2023, às 08h56
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