Projeto é avaliado em US$ 55 bi e prevê a compra de 100 aviões
A USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) planeja desenvolver um novo bombardeiro estratégico capaz de substituir a frota de B-2 Spirit. O programa designado como LRS-B (Long-Range Strike Bomber) embora seja classificado como secreto, fontes do Pentagono já dão pistas sobre o bilionário programa voltado para o desenvolvimento de um novo bombardeiro.
Inicialmente se comenta num projeto de US$ 55 bilhões para o desenvolvimento e compra de até 100 bombardeiros. Porém, poucos analistas militares acreditam na cifra divulgada extra oficialmente. Um dos motivos é o custo para desenvolver uma nova aeronave capaz de substituir a altura dos atuais B-2, além da inevitável comparação com a escalada do preço do programa Joint Strike Fighter, que deu origem ao F-35 Lightning II e já ultrapassa os US$ 59 bilhões.
Críticos afirmam que o desenvolvimento de um novo bombardeiro estratégico é desnecessário no cenário atual, em especial devido ao rápido desenvolvimento de aeronaves não tripuladas. O uso de aviões convencionais nos próximos 30 anos pode ser um erro na visão de alguns analistas. No entanto, militares rebatem as críticas afirmando que se critica um projeto que sequer foi definido.
“Há publicações que já estão dizendo ‘Você não precisa disso. É muito caro. Não vai dar certo’. Nós sequer temos o projeto” rebate o Major General Garrett Harencak, do Strategic Deterrence and Nuclear Integration.
O general, que também foi piloto de bombardeiros, afirma que o novo bombardeiro é uma peça fundamental para manter a dissuasão estratégica dos EUA. “[o novo bombardeiro] será acessível sendo extremamente necessário”
A USAF planeja ter um novo avião capaz de superar as eventuais vulnerabilidades do B-2 no futuro, aliado a uma maior flexibilidade e capacidade de ataque.
O projeto é mantido em segredo absoluto, o que dificulta a discussão pública da real necessidade de investir bilhões de dólares no projeto. O senador republicano John McCain, diretor do Armed Services Committee afirma que as forças armadas devem expor melhor seus projetos e que devem se manter o orçamento “Estes programas devem ser mantidos no custo e no prazo” afirma. “A Comissão acompanhará de perto o custo do ambicioso projeto [LRS-B]. Este é um programa essencial para superar o crescente risco operacional para a nossa capacidade projeção de poder, mas ele deve ser entregue no prazo e dentro do orçamento”.
Caso o programa LRS-B seja aprovado, a expectativa é que o primeiro avião voe pela primeira vez em meados de 2030.
Redação
Publicado em 28/04/2015, às 08h00
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