Estados Unidos lançam caça F-47 de sexta geração com contrato de US$ 20 bilhões liderado pela Boeing
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje (21) a aprovação de um contrato de US$ 20 bilhões para o desenvolvimento de um caça de sexta geração. O projeto, que será liderado pela Boeing, foi designado como F-47 e tem potencial para se tornar o caça mais caro e avançado da história.
O F-47 será o elemento central do programa de caça de nova geração (NGAD, na sigla em inglês) e deverá substituir o F-22 Raptor, que já acumula 20 anos de serviço e mais de 30 de desenvolvimento, sendo o último avião planejado ainda na Guerra Fria.
Segundo as autoridades militares dos EUA, o novo caça será “o mais sofisticado, capaz e letal já construído”, garantindo a superioridade aérea frente a adversários tecnologicamente avançados, sobretudo a China. O anúncio do programa, originalmente previsto para anos anteriores, foi adiado para 2025, coincidindo com o início do novo governo de Trump.
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O general David Allvin, chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA (USAF), afirmou que a adjudicação do contrato do NGAD representa um marco estratégico para a defesa nacional. Segundo ele, o F-47 será a primeira aeronave tripulada de sexta geração, projetada para operar em ambientes de elevada ameaça, especialmente cibernética, sendo capaz de superar qualquer adversário.
Nos últimos cinco anos, demonstradores de tecnologia acumularam centenas de horas de voo, testando conceitos inovadores e garantindo a maturidade tecnológica necessária para o desenvolvimento pleno da aeronave.
Em relação ao F-22 Raptor, o F-47 apresentará melhorias significativas, incluindo maior alcance, avanços em furtividade e maior adaptabilidade a ameaças futuras. Além disso, o avião demandará menos infraestrutura e pessoal para sua operação, reduzindo os custos operacionais.
O programa NGAD é considerado pelo Pentágono essencial para enfrentar ameaças emergentes, especialmente em um possível cenário de conflito no Indo-Pacífico, garantindo que os EUA mantenham uma vantagem tecnológica significativa sobre adversários como a China.
Por Gabriel Benevides
Publicado em 21/03/2025, às 15h09
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