Metalúrgicos da Embraer rejeitam reajuste de 4,06% e querem manter direitos da convenção coletiva assinada em 2017
Trabalhadores da Embraer entraram em greve hoje (3), na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo. A paralisação ocorre após os funcionários rejeitarem uma proposta da empresa, que oferece reajuste de 4,06% nos salários.
Os metalúrgicos da Embraer reivindicam aumento real e renovação da convenção coletiva, embora o sindicato não informe a porcetagem exata. A paralisação chegou a ser anunciada por tempo indeterminado, mas foi suspensa por volta das 9h00 da manhã desta terça-feira.
Em resposta a AERO Magazine, a Embraer "informa que a unidade Ozires Silva, em São José dos Campos, opera normalmente, assim como as demais fábricas da empresa. A planta de São José dos Campos tem mais de 9 mil trabalhadores.
A suspensão das atividades foi comunicada na semana passada pelos trabalhadores. O Sindicato dos Metalúrgicos diz que o último ano em que a empresa assinou convenção coletiva e aplicou reajuste salarial acima da inflação foi em 2017.
O contrato de seis anos atrás garante estabilidade até a aposentadoria, embora a empresa queira reduzir prazos e direitos do acordo trabalhista, para 21 meses em caso de doença ocupacional e de 60 meses em caso de acidentes de trabalho.
A Embraer informa que concedeu aumento de 4,06%, ajustado à correção inflacionária dos últimos doze meses, aos trabalhadores que recebem até R$ 10 mil, além de um fixo de R$ 406 para funcionários que recebem acima desse valor.
De acordo com a empresa, o reajuste segue as orientações estabelecidas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
Uma nova proposta está sendo negociada entre Embraer, Sindicato dos Metalúrgicos e FIESP, e deverá ser apresentada aos trabalhadores nos próximos dias para votação.
Por Wesley Lichmann
Publicado em 03/10/2023, às 11h30
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