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Compensação

Spirit Airlines recebe R$ 882 milhões por aviões parados; veja detalhes

A Pratt & Whitney pagou à Spirit Airlines o equivalente a R$ 882 milhões em compensações por problemas nos motores GTF


Mais de 30 aeronaves da companhia aérea estão fora de operação - Divulgação
Mais de 30 aeronaves da companhia aérea estão fora de operação - Divulgação

A Spirit Airlines recebeu cerca de US$ 150 milhões, o equivalente a R$ 882,6 milhões, em compensações da fabricante de motores Pratt & Whitney devido à paralisação de aeronaves da Airbus equipadas com motores GTF.

Os detalhes do acordo foram divulgados na última segunda-feira (3), em um relatório submetido à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). A compensação foi fornecida por meio da afiliada da P&W, a International Aero Engines, que concedeu créditos mensais de outubro a dezembro de 2023.

A companhia aérea prevê receber novos pagamentos, pois a remoção desses motores continuará pelo menos até o próximo ano. Em nota, ela informou que está “atualmente discutindo acordos com a empresa para qualquer uma de suas aeronaves que permaneçam indisponíveis para serviço operacional”, e que “espera continuar a receber compensação da P&W pela perda de utilização dos motores GTF”.

O valor da indenização é calculado com base nos dias em que os jatos Airbus A320neo da Spirit ficaram fora de operação para inspeções e reparos. O montante recebido está dentro da faixa estimada de US$ 150 a US$ 200 milhões (R$ 882,6 a R$ 1,18 bilhão), conforme previsto pela companhia aérea em março de 2024. A paralisação das aeronaves impactou significativamente a Spirit, que atualmente está em processo de recuperação judicial.

Desde julho de 2023, centenas de aeronaves da família A320, de fabricação europeia, e do E190-E2, da Embraer, foram retiradas de operação devido a um defeito no metal em pó utilizado na fabricação de componentes dos motores GTF.

Segundo a empresa de análise de dados Cirium, no último mês, aproximadamente um terço da frota global equipada com motores do modelo foi classificada como “em armazenamento”, indicando que essas aeronaves estão fora de operação há mais de trinta dias, em sua maioria, para reparos.

A manutenção prolongada tem afetado as operações das companhias aéreas, com tempos de espera que podem durar meses. 

Por Marcel Cardoso
Publicado em 04/03/2025, às 09h00


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