Problemas relacionados à escassez de instrutores motivou sindicato a processar American Airlines
Um sindicato de pilotos está processando a American Airlines nos Estados Unidos, alegando violações na legislação trabalhista durante o preparo da tripulação para a próxima temporada de verão no país, prevista para começar em meados de maio.
A Associação de Pilotos Aliados (APA) diz que a companhia aérea não contratou instrutores o suficiente para treinar os novos profissionais admitidos por ela, em simuladores de voo. A American estaria os substituindo por pilotos voluntários que atuam em voos comerciais, em troca de dias de folga ou por um adicional na remuneração, o que, segundo o sindicato, pode acarretar problemas na segurança aérea a longo prazo.
Em nota, a American Airlines disse que a medida “não compromete de forma alguma a segurança e que pode ser uma oportunidade de carreira para os pilotos regulares” e que ela visa permitir que os pilotos apoiem o programa de simulador de treinamento de voo, “o que é bom para nossos pilotos e fornece ainda mais capacidade de treinamento para apoiar o crescimento contínuo”, concluiu.
A companhia havia pretendido contratar cerca de dois mil pilotos em 2022, a uma taxa de até 180 admissões mensais, para dar conta da crescente demanda de seus voos domésticos. Outras empresas aéreas norte-americanas também têm tido problemas com a falta de instrutores qualificados, impedindo novas contratações, o que acarretou no cancelamento de centenas de voos desde o início do ano.
Marcel Cardoso
Publicado em 15/04/2022, às 18h25
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