Desde que tropas invadiram a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia já perdeu mais de 70 aviões comerciais
Vitaly Savelyev, Ministro dos Transportes da Rússia, disse que o país teve 76 aviões comerciais apreendidos no exterior desde fevereiro de 2022, quando houve a invasão de tropas à Ucrânia.
Em entrevista ao grupo de mídia russo RBC, Savelyev, que foi CEO da Aeroflot durante onze anos, até 2020, admitiu que o governo não estava preparado para esta situação. As unidades afetadas pelas sanções internacionais aplicadas após os confrontos estavam fora da Rússia por motivos variados, como serviços de manutenção ou operação comercial.
Além delas, uma parte significativa da frota viu a sua capacidade operacional ser brutalmente restringida, não apenas pela Boeing e a Airbus deixarem de prestar serviços às companhias aéreas russas, mas também pelo fato de mais da metade das unidades ter estado sob arrendamento, além de cerca de dois terços do total estarem registrados nas Bermudas ou na Irlanda.
Como AERO Magazine já informou, o Kremlin recusou devolver as aeronaves que estavam em solo russo aos arrendadores, motivando uma batalha judicial que ainda está em andamento. Atualmente, as companhias aéreas russas só podem operar voos internacionais para onze países que ofereceram garantias contra potenciais apreensões.
Desde fevereiro de 2022, mais de 800 aeronaves foram registradas novamente na Rússia.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 27/11/2023, às 06h46
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