Alta no preço do querosene de aviação superou a maioria dos combustíveis no Brasil e impacta no transporte aéreo
O querosene de aviação (QAV) acumulou alta de 102,4% nos últimos doze meses, impactando ainda mais nas operações aéreas no Brasil. O insumo que representa a maior parte dos custos de um voo regular tem pressionado o caixa das empresas aéreas em um momento de retomada, após dois anos de baixa demanda gerada pela pandemia.
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destaca que embora o combustível tenha dobrado de valor, a tarifa aérea média real registra alta de 12,6%, na comparação com valor acumulado de janeiro a abril de 2022 (R$ 580,41) com a tarifa aérea média real do ano passado (R$ 515,22).
Os dados mais recentes, disponíveis pela Anac, mostram que o setor aéreo brasileiro tem enfrentado forte pressão com custos. Outro desafio para as empresas aéreas no Brasil tem sido a desvalorização do real frente ao dólar, somado a flutuação da moeda norte-americana nos últimos meses, que impacta no planejamento de curto e médio prazo do setor.
Ainda assim, a aviação comercial doméstica no Brasil tem retomado grande parte dos números da pré-pandemia, em especial a oferta de assentos e se aproximando da ocupação média existente até 2019.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 24/06/2022, às 16h00
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