Receita Federal estuda levar a proibição do uso de celulares em áreas restritas para mais aeroportos do país
Uma semana depois da greve de funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos (GRU), em São Paulo, em protesto contra a proibição do uso de telefones celulares em áreas restritas, a medida poderá ser ampliada.
Logo depois do movimento, a Receita Federal anunciou um estudo que poderá estender a proibição a outros aeroportos do país, na tentativa de aumentar a segurança contra o terrorismo e o combate ao tráfico de drogas.
Segundo o órgão, as quadrilhas de tráfico internacional de entorpecentes têm aliciado trabalhadores com acesso às bagagens dos passageiros para manipular as etiquetas e as malas. Com o auxílio de celulares e de mensagens de texto e imagem, passam informações para os demais integrantes da quadrilha, como ficou comprovado em investigação da Polícia Federal.
No caso de GRU, onde a medida foi adotada pela primeira vez, as empresas que prestam serviço no aeroporto criaram um canal de emergência, através do qual os funcionários possam ser contatados a qualquer momento, além de um local para armazenagem dos celulares, quando necessário.
Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo), citando a paralisação do último dia 3 de outubro, disse que “os grevistas se esqueceram que optaram por trabalhar numa atividade essencial, e isso não é brincadeira”, e quem for contra a medida, deverá partir para outros desafios fora dos aeroportos.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 10/10/2023, às 09h12
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