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Pilatus pode perder contrato com a Suécia

Vitória do “Não” coloca em dúvidas acordo para fornecimento do PC-21


Pilatus ainda espera confirmar acordo com a Suécia

De acordo com reportagem do jornal suíco, Tages Anzeiger, a Pilatus Aircraft ainda acredita que pode fechar contrato com a Suécia.

As empresas suíças contabilizam os milionários prejuízos após a população votar pelo cancelamento da compra do Gripen NG. O referendo, apoiado pelos principais partidos de esquerda, obteve vitória pelo “não”. Mesmo vencendo com pequena margem, os prejuízos começam a surgir.

O acordo formalizado entre os governos da Suíça e da Suécia previa uma série de offset contratuais, entre eles o compromisso do governo sueco em adquirir 20 Pilatus PC-21, para a força aérea. No entanto, o contrato agora não tem nenhuma garantia de ser assinado. E alguns analistas, inclusive suíços, temem que a venda do Gripen NG ao Brasil favoreça a Embraer nesse contrato.

O Super Tucano é atualmente o maior rival do PC-21 (inclusive da variante americana, o Texan II) e as boas relações entre a Brasil e Suécia podem ajudar na venda da aeronave brasileira.

A perda do contrato pode representar um duro golpe na Pilatus, que mesmo possuindo clientes importantes para o PC-21, ainda não superou a casa dos 150 aviões encomendados.
Atualmente apenas a Suíça (8), Cingapura (19), Emirados Árabes (25), Arábia Saudita (55) e Qatar (24) possuem encomendas para as diversas variantes do PC-21.

Como comparação, o PC-9 soma mais de 250 pedidos, feito por 15 forças aéreas. Enquanto o PC-7 tem mais de 500 aeronaves voando em 21 países.

Redação
Publicado em 27/05/2014, às 07h00 - Atualizado às 02h01


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