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O que alguns pilotos comerciais têm em comum

Segundo pesquisas, mais de 12% apresentaram sinais de depressão


Com seus acenos, sorrisos confiantes, e explicações reconfortantes à menor alteração do voo, não existe à primeira vista, uma pessoa de tão alto astral do que um piloto comercial. Uma pesquisa abrangente e de âmbito mundial iniciada logo após o acidente deliberado com a German Wings em maio de 2015, surpreendeu ao mostrar que muitos pilotos não são tão felizes como parecem. 

Para explicar melhor as condições de “depressão e pensamentos suicidas”, entre pilotos comerciais, pesquisadores da Escola de Saúde Pública T.H.Chan da Universidade de Harvard realizaram um programa de pesquisas com 1.848 pilotos comerciais em todo o mundo. Os resultados mostraram que 12,6% indicaram condições depressivas, enquanto 75 participantes, ou 4,1% revelaram que, nas duas semanas anteriores, tiveram pensamentos do tipo “seria melhor estar morto ou auto-flagelado”. 

Em comparação, cerca de 6,7% estimados de todos os adultos dos EUA, viveram, ao menos, um episódio depressivo sério no ano anterior à pesquisa do Instituto Nacional de Saúde Mental. O estudo fez especulações que apontam que muitos pilotos evitam revelar sintomas temporários de desequilíbrio mental aos médicos da FAA, temendo a estigmatização pública e, principalmente, uma eventual suspensão do voo.  

Para especialistas em saúde mental “não devem ser tiradas conclusões sobre eventuais riscos visando pessoas em depressão ou qualquer outra condição de saúde mental ou física”. “Sempre existirão pilotos com experiência em saúde mental que têm voado normalmente durante décadas”.

Ernesto Klotzel
Publicado em 13/01/2017, às 20h58 - Atualizado às 21h04


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