VoltAero selecionou a Safran para fornecer o sistema de cabos elétricos para o futuro Cassio 330
A VoltAero formalizou um acordo com a Safran para o fornecimento do sistema elétrico do avião híbrido-elétrico Cassio 330. O contrato prevê que a Safran será responsável por projetar e produzir a fiação elétrica para o sistema de propulsão e sistema de distribuição de energia.
O sistema elétrico terá capacidade para potências nominais de até 800 Volts em operação contínua e deverá ser projetada para resistir a fenômenos de descarga parcial em altitude.
Um dos destaques dos cabos elétricos é que terão tamanho equivalente ao produzido hoje para aeronaves tradicionais, mas poderá transportar uma carga duas vezes mais alta.
“A fiação elétrica é um elemento crítico de nossa aeronave e selecionamos a Safran Electrical & Power com base na experiência da empresa, especialmente em altos níveis de potência”, explicou Jean Botti, CEO e Diretor de Tecnologia da VoltAero.
O acordo amplia a parceria firmada entre a VoltAero e a Safran em 2020, que envolve o sistema de propulsão híbrido-elétrico do Cassio 300, incluindo o motor elétrico ENGINeUS 100, com capacidade máxima superior aos 150 kW, que será destinado a operação de decolagem e arremetida.
O ENGINeUS 100 integra sue próprio sistema eletrônico de controle, bem como um sistema de refrigeração a ar, garantindo uma relação ideal entre tamanho e potência.
A VoltAero planeja uma família de aviões híbridos-elétricos, destinados a aviação pessoal e operação comercial com até doze assentos, com três modelos diferentes. O Cassio 330 deverá ser o primeiro avião do tipo certificado, com capacidade para cinco ocupantes; na sequência deverá ser certificado o Cassio 480, com até seis lugares; e por fim o Cassio 600, com dez ou doze assentos.
Embora seja equipado com um motor convencional, a pistão, a família Cassio terá acoplado um motor híbrido-elétrico, com configuração similar a existente na indústria automotiva, permitindo maior potência e alcance, mas com considerável redução no consumo de combustível. Um dos destaques do projeto é seu conceito aerodinâmico, que promete maior eficiência em voo, que deverá contribuir para a redução no consumo e emissões de poluentes.
O motor elétrico ENGINeUS 100 será destinado a operação de táxi e decolagem, mas poderá ser utilizado em voos com distância inferior aos 10 quilômetros. Por ser acoplado ao motor a combustão será possível recarregar em voo as baterias, ampliando o alcance, além de servir como um backup de emergência em caso de falha no motor principal.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 16/01/2024, às 16h00
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