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Nova aeronave

Nem helicópteros se arriscarão a operar onde voará o Cormorant

Empresa de Israel cria aeronave autônoma para áreas normalmente inaccessíveis


Uma aeronave autônoma do tamanho de um carro poderá revolucionar a aviação ao operar em áreas julgadas atualmente inaccessíveis até para helicópteros, é o que afirma a empresa israelense que o criou.

Após 15 anos de desenvolvimento nasceu o Cormorant de 1.500 kg, capaz de transportar até 500 kg, como drone autônomo para passageiros com velocidades de até 115 mph (185 km/h). O primeiro voo totalmente automático foi realizado em novembro, decolando, voando e pousando sem interferência externa.

A empresa Urban Aeronautics acredita que o veículo que utiliza rotores internos para voar (em lugar de rotores como os dos helicópteros), poderá ser oferecido a partir de 2020, às forças armadas que operam em ambientes hostis. Seu custo é estimado em US$ 14 milhões.

Um cenário típico seria o da presença de uma bomba suja (arma radiológica especulativa que combina material radioativo com explosivos convencionais) em uma cidade, ou uma substância química muito perigosa: o Cormorant poderá penetrar na zona perigosa como robô ou até pilotado à distância para efetuar a descontaminação.   

No entanto, ainda existe muito trabalho a ser feito antes de 2020, a começar pela obtenção da certificação Administração Federal de Aviação (FAA). A Urban Aeronautics julga o Cormorant um tipo totalmente novo de aeronave, já que poderá operar em áreas que, mesmo para helicópteros, são consideradas inviáveis, quando os espaços para pousar e decolar são insuficientes com os rotores girando.

Ernesto Klotzel
Publicado em 06/01/2017, às 19h42 - Atualizado às 19h51


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