Aeroporto de San Jose, na California, enfrenta problema com invasão de área de segurança por moradores sem-teto e autoridades avaliam solução
A invasão por moradores sem teto em uma área livre no aeroporto internacional de San Jose (KSJC), na Califórnia, se tornou um problema de segurança do transporte aéreo.
O acampamento de sem-teto, localizado ao sul do aeroporto, já chegou a reunir aproximadamente 5.000 pessoas, que passaram a viver próximo da área de aproximação das pistas 30L e 30R. Segundo a FAA, a agência norte-americana de aviação civil, a área foi criada para ampliar a margem de segurança operacional, oferecendo aproximadamente 40 acres de espaço livre para o caso de uma aeronave sair da pista. Os aviões passam sobre os moradores do acampamento há poucos metros de altitude.
#ICYMI As an FAA deadline approaches for San Jose to clear one of the Bay Area’s largest and most entrenched homeless encampments, nearly 100 people remain on the dusty, vacant lot near the city’s airport. https://t.co/ptyMoZrs8g via @MarisaKendallpic.twitter.com/cbjFSbexYM
— Rachael Myrow (@rachaelmyrow) August 23, 2022
Embora em nenhum momento os moradores da área tenham tentado invadir o perímetro de segurança do aeroporto, as autoridades enfrentam um desafio adicional para a segurança de voo, já que além do risco de um avião colidir com o acampamento, os sem-teto estão acumulando lixo no espaço, que passou a atrair bandos de pássaros.
Um dos temores das autoridades é que os pássaros possam colidir com os aviões, colocando em risco a segurança das aeronaves e seus ocupantes, e também das pessoas em solo.
Embora a prefeitura de San Jose trabalhe com a FAA para tentar resolver a questão, nos últimos meses foram instalados banheiros portáteis e pias para permitir os moradores terem maior higiene, algo considerado ainda mais crítico no auge da pandemia.
Segundo reportagem do jornal Mercury News, a FAA queria a liberação do espaço tivesse ocorrido em meados do ano passado, mas a administração da cidade de San Jose pediu uma extensão do prazo, que já superou um ano.
Atualmente vivem aproximadamente 100 pessoas na área, e segundo a prefeitura dois terços do acampamento já foi desmontado. Um dos desafios é a grande quantidade de sucatas na área, incluindo diversos veículos sem condição de rodar.
Visando preservar a área de futuras invasões a cidade quer transformar a área em um parque, com espaço para cães, campo de golfe e um jardim público.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 24/08/2022, às 15h40
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