Aeronaves da Yemenia Airlines foram destruídas durante ofensiva que atingiu o aeroporto internacional de Sanaa, usado como base por forças houthis apoiadas pelo Irã
O aeroporto internacional de Sanaa, principal terminal aéreo do Iêmen, foi completamente destruído após ataques aéreos realizados por Israel na última terça-feira (6). Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), o local era utilizado como centro operacional pelos houthis, grupo rebelde apoiado pelo Irã.
De acordo com comunicado das IDF, o aeroporto era empregado para a transferência de armas e combatentes, além de representar uma “exploração brutal da infraestrutura civil”. A ofensiva foi uma resposta ao lançamento de mísseis pelos houthis contra o aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, ocorrido no domingo (4), que deixou ao menos quatro feridos e levou ao fechamento temporário do terminal israelense.
Três aeronaves da Yemenia Airlines foram destruídas durante o bombardeio: dois Airbus A320 e um A330-200. A ofensiva ocorre em retaliação ao ataque com mísseis lançado pelos houthis contra o aeroporto Ben Gurion (TLV), em Tel Aviv, no domingo (4). O incidente acionou sirenes em diversas regiões de Israel, causou o fechamento temporário do terminal e deixou pelo menos quatro feridos.
The Israeli military carried out an airstrike on Yemen's main airport in Sanaa on Tuesday, its second attack in two days on Iran-aligned Houthi rebels, after the group launched a missile attack near Israel's Ben Gurion Airport.
— Breaking Aviation News & Videos (@aviationbrk) May 7, 2025
Three people were killed in the latest Israeli… pic.twitter.com/NTNeKWtMxP
As IDF afirmaram que a operação foi conduzida com precisão e com medidas para minimizar danos colaterais. A escalada nos confrontos levou diversas companhias aéreas internacionais, como Delta Air Lines, United Airlines, Ryanair, Air France-KLM, British Airways e Lufthansa Group, a suspender temporariamente voos com destino a Tel Aviv.
Autoridades israelenses criticaram as suspensões, considerando-as um sinal de fragilidade frente às ameaças houthi. A situação agrava o cenário já volátil no Oriente Médio, impactando diretamente a segurança da aviação comercial internacional e a conectividade aérea na região.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 07/05/2025, às 09h05