Fotos de satélites permitem verificar que o gigante da Antonov continua sob o hangar no aeroporto de Hostomel
Novas imagens de satélites comerciais mostram o estado atual do aeroporto de Hostomel, lar da Antonov Airlines. Nas fotografias é possível verificar as condições gerais do hangar onde fica estacionado o An-225, o maior avião do mundo.
As imagens ainda não permitem avaliar com clareza os danos sofridos nos aviões, em especial no An-225, mas mostram que eventuais danos podem ser moderados, sem sua destruição completa.
Assim como reportado anteriormente por AERO Magazine, os danos no hangar parecem de baixa proporção, visto que o teto metálico sofreu poucas avarias. Um eventual incêndio capaz de consumir a totalidade do avião causaria graves danos a estrutura do hangar e seriam completamente nítidos nas fotografias de satélites.
Chama atenção a relativa rapidez com que a área foi limpa, demonstrando haver algum controle no aeroporto. Forças ucranianas e russas não confirmam a situação real das instalações da Antonov.
Da mesma forma, com a situação caótica que se encontra Kiev, os funcionários da Antonov Airlines não foram capazes de chegar ao aeroporto para avaliar as condições gerais dos aviões, hangares e escritórios.
Em uma imagem de satélite realizada dias antes dos ataques da Rússia no aeroporto é possível ver o An-225 estacionado no pátio principal da Antonov Airlines. O avião passava por uma manutenção de rotina, onde um de seus motores havia sido removido.
A operação singular do An-225, somado sua idade, exigiam uma complexa e detalhada inspeção pós-voo. Regularmente após concluir algum transporte no exterior o An-225 passava por uma manutenção onde uma série de sistemas, incluindo motores, eram revisados.
Mesmo diante dos riscos de uma invasão russa, as autoridades da Ucrânia, assim como a população civil de Kiev, avaliavam com baixo o risco de uma incursão militar na capital. Assim, havia até o dia 24 de fevereiro certa normalidade na rotina da maioria dos cidadãos ucranianos, tanto em Kiev quanto em cidades distantes da fronteira.
Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 01/03/2022, às 15h50
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