Acionistas da Spirit Airlines desistiram da fusão com a Frontier Airlines, abrindo caminho à venda para a JetBlue nos EUA
Quase seis meses depois de anunciarem uma fusão que criaria a quinta maior companhia aérea dos Estados Unidos, a Spirit Airlines e a Frontier Airlines, duas das maiores companhias aéreas de baixo-custo (low-cost) do país, anunciaram a desistência da união, ontem (27).
Como antecipado por AERO Magazine, o acordo perdeu força depois que a JetBlue fez uma proposta mais lucrativa pela Spirit, que tentou preservar a negociação inicial, por temer a não aprovação dos órgãos regulatórios, ainda mais que o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu maior concorrência no setor aéreo.
Mesmo com este risco, a maioria dos acionistas da Spirit não apoiou mais o avanço com a fusão com a Frontier, colocando um ponto final nas negociações e abrindo caminho para a venda da companhia para a empresa fundada por David Neeleman, o mesmo da brasileira Azul Linhas Aéreas.
“Embora estejamos desapontados por termos encerrado nossa proposta de fusão com a Frontier, estamos orgulhosos do trabalho dedicado dos membros de nossa equipe na transação nos últimos meses”, segundo o CEO da Spirit, Ted Christie. "O conselho de administração da Spirit continuará nossas discussões em andamento com a JetBlue enquanto buscamos o melhor caminho a seguir para a Spirit e nossos acionistas".
Se a aquisição da Spirit for confirmada, a JetBlue pagará US$ 3,7 bilhões (R$ 19,4 bilhões), US$ 1 bilhão a mais do que a Frontier Airlines iria desembolsar. “Estamos engajados em discussões contínuas com a Spirit em direção a um acordo consensual o mais rápido possível”, de acordo com um comunicado divulgado pela companhia aérea.
Marcel Cardoso
Publicado em 28/07/2022, às 06h40
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