FAB vai reduzir ainda mais a encomenda do KC-390 da Embraer

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A Força Aérea Brasileira planeja uma nova redução no pedido do cargueiro KC-390 da Embraer. A previsão é receber apenas 15 aviões, do atual pedido para 22 unidades do avião brasileiro.

Segundo a agência Globo, o Comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, afirmou que a revisão do pedido visa atender a realidade orçamentária. Recentemente a Embraer e a FAB haviam chegado a um acordo para redução do pedido original de 28 aviões para um total de 22 entregas.

Todavia, em anúncio realizado no ano passado, o Comandante da Aeronáutica já havia dito que a intenção era receber apenas 15 aviões. Na ocasião foi ressaltada a necessidade de reduzir o pedido justamente por questões de limitação no orçamento.

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O planejamento ocorre em paralelo com o anúncio de revisão no projeto do Gripen, incluindo a producão dos modelos biplace F-39F na Suécia e a potencial compra de um segundo lote dos caças. Da mesma forma, o Comandante da Aeronáutica confirmou o fim do programa conceito STOUT, que previa um cargueiro leve para substituir os C-95 Bandeirante e C-97 Brasília.

A revisão original do contrato entre a FAB e a Embraer, em fevereiro, foi divulgado como um “complexo processo de negociação” entre as duas partes. Um dos temores de analistas de mercado é que a redução constante do pedido possa comprometer o interesse de outros países no KC-390, dificultando sua exportação futura. Atualmente, apenas Portugal e a Hungria, encomendaram o avião, somando mais sete vendas, sendo cinco para a força aérea portuguesa e dois para os húngaros. No início da manhã de hoje (24) papéis  da Embraer acumulavam perdas de 5,76% sendo cotadas em R$ 12,14.

A FAB planeja manter sua capacidade de transporte com a compra recente de dois Airbus A330 que serão convertidos futuramente para o padrão MRTT. As duas aeronaves, que têm oito anos de uso, devem oferecer aproximadamente 40 toneladas de carga útil, praticamente o dobro do C-390.

A AERO Magazine questionou, por e-mail, as mudanças no pedido dos aviões da Embraer, mas até o fechamento dessa reportagem não obteve retorno do Comando da Aeronáutica. O espaço permanece aberto para novos esclarecimentos e comentários por parte da Força Aérea Brasileira.

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