Os sons gravados no equipamento podem servir para identificar a causa de um acidente
Sempre quando acontece um acidente aéreo comercial, todos se concentram na procura pela caixa-preta, que contém um conjunto de parâmetros do voo, como gravações de duas horas dos diálogos entre os pilotos com as estações em terra e vice-versa. Além de todos os ruídos externos e internos que são detectáveis pelos microfones sensíveis instalados estrategicamente no cockpit e na fuselagem.
A caixa-preta é a fonte de informação sobre o voo que indica as pistas mais seguras sobre o comportamento da aeronave em seus momentos finais e as eventuais falhas cometidas pelos pilotos.
Caixa-preta
Em território norte-americano, após um acidente aéreo, o Birô Nacional da Segurança do Transporte (NTSB) envia uma equipe de especialistas para analisar os destroços em casos de desfechos em terra, a fim de obter informações juntamente com a companhia aérea e com o controle de tráfego aéreo e assim resgatar a caixa-preta.
Quando encontrada, ela é enviada para os laboratórios do NTSB em Washington D.C, onde passam por uma análise. Lá, os especialistas escutam os áudios dos últimos momentos a bordo. Os sons analisados não mostram as falas dos pilotos antes do impacto, mas sim barulhos de estalos, pancadas, ruídos surdos e alarmes na área da cabine de comando.
Ao combinar estes áudios com os dados e sensores da aeronave, os investigadores, geralmente, determinam as causas do acidente mesmo quando não existem testemunhas sobreviventes.
Por Ernesto Klotzel
Publicado em 20/06/2016, às 12h13 - Atualizado às 14h48
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