EUA excluem aeronaves brasileiras de tarifa extra de 40%. Embraer mantém exportações com alíquota reduzida de 10% ao mercado americano
O governo dos Estados Unidos decidiu hoje (30), excluir aeronaves civis brasileiras e seus componentes da tarifa adicional de 40% imposta a diversos produtos de importação. A medida garante que as exportações da Embraer para o mercado norte-americano continuem sujeitas apenas à tarifa de 10%.
A decisão representa um alívio para a indústria aeroespacial brasileira, especialmente para a Embraer, maior exportadora do setor. Com isso, a fabricante mantém acesso competitivo a seu principal mercado internacional e evita prejuízos comerciais em meio ao aumento de tensões comerciais globais.
A exclusão do setor aeronáutico da sobretaxa evidencia a dependência, por parte dos EUA, da relevância estratégica da cooperação industrial com o Brasil. Além disso, reforça a interdependência entre as cadeias produtivas de ambos os países na aviação civil, um setor altamente regulado e sensível a variações tarifárias.
Apesar do alívio parcial, fontes ligadas à indústria defendem a retomada da política de tarifa zero para o segmento aeroespacial, vigente até março. Segundo analistas, a manutenção de qualquer encargo aduaneiro pode impactar margens de lucro e decisões logísticas, principalmente em contratos de longo prazo.
Em nota, a Embraer reiterou seu apoio ao diálogo contínuo entre os governos do Brasil e dos EUA, manifestando confiança em uma solução definitiva que beneficie ambas as economias e preserve a competitividade do setor aeroespacial.
Por Marcel Cardoso
Publicado em 30/07/2025, às 17h59
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