Empresa quer aumentar presença no setor de defesa
A Embraer anunciou a desistência da fabricação de aviões comerciais de 130 a 160 lugares, que seriam concorrentes dos Boeing 737 e da família A320, da Airbus. A empresa estudou por dois anos a construção de novos modelos, mas afirma agora não ter mais planos para o desenvolvimento das aeronaves. "Fizemos alguns estudos de mercados, conversamos com muitos clientes e não vemos justificativa econômica para esse projeto", afirma Paulo César Silva, presidente da divisão de Aviação Comercial. Airbus e Boeing têm grande participação nesse mercado, principalmente por terem anunciado o lançamento do A320neo e do 737 MAX, respectivamente, além da canadense Bombardier, que tem enfrentado dificuldades para embalar as vendas do CSeries. "Vamos remotorizar a gama de E-Jets para manter a nossa posição de liderança no segmento de aeronaves de 70 a 120 lugares", argumenta o executivo. A Embraer já entregou 823 modelos dos seus E-Jets desde que foram lançados, há oito anos, e há 240 encomendas. A divisão comercial representa 65% das vendas da empresa, mas o setor que tem chamado atenção é o de defesa. Em 2010, a divisão representava 7% do volume de negócios e deve chegar a 16% até o fim do ano - a meta da empresa, porém, é chegar aos 25% até 2020. Para isso, a aposta é no turbo-hélice de ataque leve e treinamento A-29 Super Tucano. A aeronave tem mais de 180 encomendas para mais de dez países. Outra aposta é no KC-390, avião de transporte militar, ainda em fase de desenvolvimento.
Da Redação
Publicado em 06/06/2012, às 11h58 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45
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