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China se torna líder em investimentos em rastreamento de bagagens despachadas

Empresas aéreas e aeroportos ampliam investimentos em segurança cibernética e controle de malas


Os números da China são impressionantes sob qualquer análise. Desde o início dos anos 2000 o gigante asiático apresenta crescimento acima dos dois dígitos em uma série de áreas. O transporte aéreo aumentou quase 13%, mais de um bilhão no ano passado, levando o país a investir em novas tecnologias aeroportuárias.

Um impressionante índice de 94% de companhias aéreas e aeroportos estão planejando grandes programas de cibersegurança ou Pesquisa & Desenvolvimento nos próximos três anos. Segundo dados do Air Transport TI Insights da Sita, de 2018, conforme o número de passageiros na China aumentou os aeroportos estão ampliaram seus investimentos em TI, passando de 5,6% das receitas no ano passado, para 7,5% em 2018, superando em apenas 12 meses à média global de 5,69%. O mesmo tem ocorrido com as companhias aéreas chineses, que estão investindo maciçamente no setor, mantendo um alinhamento claro das prioridades com a segurança cibernética como prioridade para ambos. As companhias aéreas devem encerrar o ano com 7% do orçamento destinado a segurança cibernética, enquanto os aeroportos devem gastar até 18% do orçamento.

De acordo com o estudo da Sita, os investimentos e implementação do setor aeronáutico chinês, em nove áreas diferentes de segurança cibernética, estão à frente de suas contrapartes em todo o mundo.

“A digitalização é uma prioridade para as companhias aéreas e os aeroportos da China. Nossa pesquisa mostra que 100% das companhias aéreas e 95% dos aeroportos já possuem uma transformação digital, em implementação ou planejada” disse May Zhou, Vice-Presidente e Gerente Geral da Ásia Oriental da Sita.

A gestão de bagagens também é outro investimento fundamental na China, que até 2019 espera que a totalidade das companhias tenham mais de 50% de sua rede de rotas em conformidade com a Resolução IATA 753, que permite rastrear a bagagem em todos os pontos da viagem. O modelo permitirá reduzir os extravios de bagagem e agilizar a localização em caso de perdas. Nos aeroportos a expectativa é que até 2021 todos aeroportos chineses tenham implementado as áreas de tratamento de bagagens de carregamento, duas das quatro etapas de rastreamentos total. Além disso, 94% deles terão transferência e rastreamento de chegada também no local, muito à frente do resto do mundo, sendo visto como bom presságio para a indústria de transporte aéreo da China.

Por Edmundo Ubiratan
Publicado em 26/11/2018, às 13h00 - Atualizado às 13h47


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