Manobra da China, com 71 aviões militares, é uma resposta ao encontro entre a presidente de Taiwan e autoridades dos EUA
O final de semana foi marcada por mais um capítulo nas tensões entre a China e Taiwan, quando 71 aviões e novo navios militares chineses cruzaram a linha do Estreito de Taiwan.
O exercício militar ocorreu no sábado (8), como uma resposta chinesa a recente reunião da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmera dos Representantes dos Estados Unidos, realizada em Los Angeles. Segundo a mídia estatal chinesa o encontro em nada teria agradado Pequim.
71 PLA aircraft and 9 PLAN vessels around Taiwan were detected by 6 a.m.(UTC+8) today. R.O.C. Armed Forces have monitored the situation and tasked CAP aircraft, Navy vessels, and land-based missile systems to respond these activities. pic.twitter.com/oZbmPZcDib
— 國防部 Ministry of National Defense, R.O.C. 🇹🇼 (@MoNDefense) April 9, 2023
A manobra da China durante o final de semana foi uma das maiores já realizadas desde o começo da divulgação das contagens diárias feitas por Taiwan, em 2020.
“Esta é uma advertência séria contra o conluio e provocação das forças separatistas da 'independência de Taiwan' com forças externas. É uma ação necessária para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial”, disse, Shi Yi, coronel e o porta-voz da China, em nota pubicada pelo Japan Times.
O governo chinês considera a ilha de Taiwan parte de seu território e realiza constantes ameças de invasão. A pequena ilha alega independência e investe em novos sistemas de defesa e em uma aliança com os Estados Unidos.
A força aérea taiwanesa emprega caças de origem norte-americana, como o F-16 Block 70, a versão mais moderna do avião, assim como mantém constantes exercícios militares com aliados da região.
Por André Magalhães
Publicado em 10/04/2023, às 15h00
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