Projeção futura de aeronaves agrícolas foi apresentada no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, no Mato Grosso
A frota aeroagrícola brasileira deve ultrapassar 3.000 aviões e helicópteros nos próximos três anos. A projeção foi apresentada no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil (Congresso AvAg 2024), no Mato Grosso.
O estudo foi feito por Cláudio Júnior Oliveira, diretor operacional do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) e considera a demanda por aeronaves para manter o crescimento da produtividade nas principais culturas agrícolas do país, como soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e florestas.
A análise inclui cenários e perspectivas para as cinco regiões brasileiras, levando em conta a busca por tecnologia pelos produtores e a capacidade de produção das fábricas de aviões agrícolas, como a Embraer, Air Tractor e Thrush.
Durante a palestra, foi projetado um aumento na área de trabalho das aeronaves agrícolas, que deve passar de 135,9 milhões para 150,5 milhões de hectares anuais. Essa projeção abrange atividades como semeadura, adubação e aplicação de defensivos químicos e biológicos.
Entre os desafios apontados por Oliveira estão a formação de pilotos agrícolas e o limite de produção das fábricas de aviões. Atualmente, o Brasil conta com 2.193 pilotos agrícolas de avião e 21 de helicóptero, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Outro ponto destacado foi a necessidade de desmistificar ideias equivocadas sobre a atividade aeroagrícola, frequentemente discutidas em debates ideológicos.
Mais de 3.000 visitantes compareceram nos dois primeiros dias do Congresso AvAg 2024, que começou na última terça-feira (20) e termina hoje (23).
Por Marcel Cardoso
Publicado em 22/08/2024, às 14h55
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