O C-98 Caravan é capaz de operar no restrito aeródromo de Surucucu e tem apoiado a FAB nas operações de socorro aos Yanomami,
O Cessna Caravan é o único avião da Força Aérea brasileira capaz de operar no remoto e restrito aeródromo de Surucucu, em Roraima. Com infraestrutura limitada, o pequeno terminal ganhou as manchates do Brasil e do mundo após a crise humanitária das comunidades Yanomami.
O C-98, como o Caravan é designado na FAB, acumulou ao todo mais de 220 horas de voo, e transportou 40 mil quilos de medicamentos, alimentos e combustível nas missões em apoio ao grupo indígena.
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A pista de Surucucu tem 1.067 metros de comprimento por 25 metros de largura, o que na teoria permite a operação de aeronaves de maior porte, mas com a falta de investimentos ela se encontra bastante deteriorada, limitando os voos apenas com o C-98. O aerodrómo fica localizado na área do Pelotão Especial de Fronteira (4º PEF) do Exército Brasileiro.
“A aeronave pode se adaptar rapidamente para o transporte de passageiro ou de carga, dependendo da necessidade. Assim, além de ter um custo de operação extremamente baixo, consegue pousar em locais de difícil acesso, viabilizando o cumprimento de diferentes missões", disse Gabriel Gomes Fissicaro, piloto do 7º ETA – Esquadrão Cobra.
A FAB emprega outros meios aéreos no apoio humanitário aos Yanomami, como o C-105 Amazonas e o brasileiro KC-390 Millennium, que por não poderem pousar em Surucucu lançam toneladas de suprimentos diretamente nas áreas das aldeias necessitadas.
Por André Magalhães
Publicado em 08/02/2023, às 09h00
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