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British Airways deverá ampliar a frota de A380 com modelos de segunda mão

Empresa espera substituir antigos 747 e manter oferta de assentos em Heathrow


A British Airways poderá ampliar sua frota de A380 adquirindo modelos de segunda mão. A estratégia ocorre logo após a Airbus anunciar o fim da produção do superjumbo, ironicamente, por falta de novos pedidos.

O objetivo da empresa britânica é substituir a frota atual de Boeing 747-400, muitos produzidos na década de 1990, por modelos mais eficientes e com grande capacidade. Recentemente a Singapore Airlines devolveu quatro A380, sendo dois sucateados por falta de interesse no mercado. Inclusive, a inexistência de interessados em modelo de segunda mão foi um dos primeiros indícios do futuro do A380. Porém, uma série de aviões deverão ser retirados de serviço nos próximos meses, alguns pelo encerramento dos contratos de leasing e sua substituição por aviões bimotores, como o Airbus A350 XWB e Boeing 777 e 787 Dreamliner.

British Airways deverá retirar de serviço todos seus Boeing 747-400 até 2022

A Air France possivelmente vai retirar de serviço até seis A380 ao longo do ano. Alguns desses aviões podem ser integrados a frota da British Airways, que está aposentando seus antigos 747-400, ao mesmo tempo que não deverá receber antecipadamente seus A350-1000 e 787-10 Dreamliner encomendados. Assim, a opção por A380 de segunda mão é atraente por manter a capacidade de oferta e também pela provável redução nos valores dos contratos de leasing, que devem se tornar bastante atraentes após o anuncio da Airbus. É quase certo que a operação será muito mais barata do que as demais opções existentes no mercado.

Expectativa é que até seis A380 da Air France sejam retirados de serviço em breve

Além disso, manter a operação com um avião de grande porte dará maior vantagem competitiva a British Airways, que mantém a maior parte das operações no aeroporto londrino de Heathrow, um dos mais movimentados do mundo e que não permite ampliar a oferta de voos. Ao concentrar uma grande oferta de lugares no mesmo voo a companhia mantém a competitividade diante das concorrentes que dependem de aeronaves menores e consequentemente oferecem custos maiores por assento. Atualmente a British opera com doze A380, o que também se traduz em uma redução significativa em logística de manutenção e treinamento de tripulantes.

Por fim, o aeroporto de Heathrow foi um dos primeiros do mundo a adaptar toda sua infraestrutura para receber uma grande quantidade de voos com o A380, tornando assim sua operação vantajosa.

Por Ernesto Klotzel | Imagens: Divulgação
Publicado em 21/02/2019, às 16h00 - Atualizado às 16h46


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