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787 problemas

Boeing encontra mais um defeito estrutural no 787

Novo problema envolve seção que garante a pressurização do avião


Novo problema com 787 poderá pressionar ainda mais a situação da Boeing

A Boeing descobriu mais um problema nos 787 Dreamliner, impedindo a entrega imediata dos aviões já produzidos. Um defeito estrutural gerou algumas lacunas onde os componentes são unidos, causando pressão em anteparos.

A falha se encontra na região do nariz do avião, em uma barreira estrutural em forma de cúpula à frente do painel de instrumentos do cockpit, que faz parte da estrutura que garante a pressurização.

De acordo com a FAA, Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos, a Boeing deverá corrigir o problema antes de iniciar as entregas das aeronaves. Ainda que não represente uma ameaça a segurança de voo, o defeito exige um serviço imediato visto que está fora dos limites padrões.

“Embora o problema não represente nenhuma ameaça imediata à segurança de voo, a Boeing se comprometeu a consertar esses aviões antes de retomar as entregas", disse a FAA em nota oficial.

As entregas estão suspensas desde maio, representando a segunda paralização em menos de doze meses. Anteriormente a Boeing ficou cinco meses sem entregar nenhum 787 depois que a FAA fez uma revisão de avaliação dos modelos produzidos. Este novo obstáculo pode aumentar a tensão financeira para o fabricante, visto a necessidade de ajustar seu negócio de aviação comercial, seriamente afetado após os problemas envolvendo o 737 MAX, que teve a operação interrompida por 20 meses.

"Continuaremos a dedicar o tempo necessário para garantir que os aviões da Boeing atendam à mais alta qualidade antes da entrega", disse a Boeing.

Orginalmente a intenção era encerrar o ano com aproximadamente cem aviões da família 787 Dreamliner entregues, mas os ajustes exigidos deverão reduzir pela metade esse número. Além do problema reduzir a já pequena taxa de produção, a manutenção deverá prolongar a atual suspensão das entregas do 787, criando um acúmulo de estoque de aeronaves que já deveriam estar em posse de seus operadores.

“A Boeing está redefinindo os recursos de produção por algumas semanas para apoiar a inspeção e o retrabalho [da seção afetada]”, disse a empresa em comunicado. “[enquanto] esse trabalho for executado a taxa de produção do 787 ficará temporariamente menor”.

No último dia 1.º de julho, o 787 completou oito anos de operações no Brasil.

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Marcel Cardoso
Publicado em 13/07/2021, às 05h55 - Atualizado às 16h24


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