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Em meio à Guerra Fria

Boeing 747 foi abatido pela União Soviética há 40 anos

269 pessoas morreram depois que um Boeing 747-200 da Korean Air foi abatido por um caça Su-15 soviético


Tragédia deteriorou a relação entre o EUA e a União Soviética
Tragédia deteriorou a relação entre o EUA e a União Soviética

Há 40 anos os soviéticos abateram acidentalmente um Boeing 747-200 da Korean Air que de forma inadivertida no espaço aéreo do país, que realizava naquele momento uma manobra com mísseis nucleares.

O 747 sul-coreano, de matrícula HL7442, havia decolado de Nova York (JFK) com destino a Seul (GMP). Após uma escala em Anchorage (ANC), no Alasca, o voo KAL007 entrou no espaço aéreo da então União Soviética, atual Rússia, e foi abatido por um Sukhoi Su-15, que o confundiu com um avião espião.

Na ocasião o espaço aéreo de Kamchatka estava fechado por conta de um grande exercício militar soviético, que era acompanhado pelos Estados Unidos, inclusive com aviões de espionagem voando nas proximidades. Com um erro de navegação inserido no Alasca, o 747 se afastou da rota original e nos radares soviéticos foi confundido como o avião espião norte-americano RC-135S Cobra Ball, que voava há várias horas monitorando a manobra militar.

O Boeing caiu no Mar do Japão, matando todas as 269 pessoas a bordo. Em entrevista à rede de televisão CNN, em 1998, o piloto do Su-15 admitiu que ‘se perguntou’ se estava vendo um avião civil naquele momento, mas que cumpriu as ordens de ataque.

OS Estados Unidos e União Soviética trocaram acusações sobre as responsabilidades do acidente. Os soviéticos afirmaram inicialmente que o avião da Korean Air estava realizando uma missão de espionagem, não dando crédito ao erro de navegação. Os norte-americanos afirmaram que os rivais haviam abatido um avião comercial de forma deliberada, sem cumprir os protocolos internacionais de interceptação.

Por Marcel Cardoso
Publicado em 01/09/2023, às 06h37


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