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Em 2022

Azul tem prejuízo de R$ 610,5 milhões no quarto trimestre

Azul reportou prejuízo líquido de R$ 610,5 milhões no quarto trimestre de 2022, e resultado negativo de R$ 1,38 bilhão no ano


Embraer E195-E2 da Azul, companhia renegociou dívida com arrendadores de aeronaves - Luís Neves
Embraer E195-E2 da Azul, companhia renegociou dívida com arrendadores de aeronaves - Luís Neves

A Azul Linhas Aéreas divulgou hoje (6), os resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2022. A companhia aérea reportou prejuízo líquido de R$ 610,5 milhões nos últimos três meses do ano passado, aumento de 40% em comparação ao mesmo período em 2021.

Com a crescente procura por viagens aéreas, as receitas totalizaram R$ 4,5 bilhões, novo recorde operacional para o período, 19,4% maior que o registrado um ano antes e um aumento de 36,9% em relação ao ano de 2019, pré-crise sanitária.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês) totalizou R$ 1,09 bilhão, alta de 6,9% em relação ao quarto trimestre de 2021. A margem EBITDA foi de 24,6%, queda de 2.9 pontos percentuais. Já o lucro operacional trimestral foi de R$ 524,7 milhões, resultando em uma margem de 11,8%.

Com o aumento do combustível e a desvalorização do real, os custos operacionais no trimestre aumentaram 22,6% em comparação ao mesmo período um ano antes. Os gastos com querosene de aviação (QAV) totalizaram R$ 1,7 bilhão, crescimento de 51,5% em relação aos últimos três meses de 2021.

Mesmo com um número de aeronaves em operação maior na frota, a Azul reduziu em 3,7% o consumo de combustível por assento oferecido por quilômetro (ASK) quando comparado ao mesmo trimestre de 2021 e em 8,2% com o mesmo período em 2019.

Impactado pelo aumento de 42,5% no litro do combustível, o custo operacional por assento foi de R$ 37,68 centavos, 11,1% acima do registrado um ano antes.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2022, o prejuízo líquido foi R$ 1,3 bilhão, enquanto a receita totalizou R$ 15,9 bilhões, aumento de 59,9% frente um ano antes, e 39,4% maior que a obtida três anos antes.

Os gastos com combustível registraram alta de 101.4% na comparação anual, para R$ 6,5 bilhões. As despesas operacionais do ano de 2022 totalizaram R$ 14,8 bilhões.

A oferta (ASK) de assentos da companhia aumentou 26,1%, enquanto a procura (RPK) teve alta de 27%, resultando em uma taxa média de ocupação de 79,7%, enquanto o número de voos cresceu 24,2%, totalizando 304.429 decolagens. A empresa transportou 27,4 milhões de passageiros no ano passado.

A Azul encerrou o ano com uma frota operacional de 177 aeronaves, e uma frota contratual de 194 jatos.

Para 2023, a companhia projeta uma receita recorde de R$ 20 bilhões e um EBITDA de R$ 5 bilhões cerca de 40% maior que o obtido em 2019.

"Olhando para 2023, estamos animados pelo forte ambiente de demanda e pelas importantes conquistas da nossa malha. Em 27 de março, começaremos a voar a nossa malha ampliada no aeroporto de Congonhas, no centro da cidade de São Paulo. Vamos mais do que dobrar nossas operações para 84 voos diários, servindo os maiores destinos corporativos e mostrando a novos clientes de São Paulo tudo o que a Azul tem a oferecer. Além disso, nossa capacidade internacional irá recuperar integralmente em 2023, apoiada por nossas novas rotas e destinos, incluindo Paris e Curaçao, recentemente anunciados. Também estamos adicionando mais voos internacionais para os Estados Unidos saindo de Belo Horizonte, Recife, Manaus e Belém", diz John Rodgerson, CEO da Azul.

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Por Wesley Lichmann
Publicado em 06/03/2023, às 11h38


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