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Fora do governo

Aviação civil atravessa o olho do furacão

Saída do ministro Eliseu Padilha coloca a SAC no centro da crise política e suscita dúvidas sobre situação de empresas aéreas e futuro do plano de aviação regional


A crise política que domina Brasília nos últimos meses ganhou mais um capítulo, desta vez envolvendo a aviação. O governo anunciou que o ministro Eliseu Padilha (na foto, com seu antecessor Moreira Franco, também do PMDB), da Secretaria da Aviação Civil, pediu demissão do cargo.

Além do impacto político, já que Padilha é próximo ao vice-presidente Michel Temer e esteve envolvido na articulação política nos últimos meses, a saída pode afetar as políticas ligadas a aviação civil que vinham sendo conduzidas.

A saída do ministro ocorre num momento delicado também para a aviação civil, especialmente para a aviação regular, que vem sofrendo com a crise econômica que atravessa o país, sobretudo após a valorização do dólar frente ao real. A demanda por transporte aéreo dentro do Brasil recuou 5,7% no mês de outubro, ante o mesmo período de 2014. O total de passageiros transportados em outubro caiu 2,4% na mesma base de comparação, somando 8,1 milhões de viagens.

O pedido de demissão de Padilha também deixa no ar dúvidas sobre o plano de incentivo à aviação regular, que pretende revitalizar aeroportos de cidades do interior do país para fomentar a capilaridade do transporte aéreo regular.  

Redação
Publicado em 08/12/2015, às 11h26 - Atualizado às 12h28


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