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Voltando ao inicio da década

Atual demanda por voos domésticos é a mais baixa dos últimos quatro anos

Redução na atividade econômica provocou queda no número de passageiros


Os dados das quatro principais empresas aéreas brasileiras mostram uma queda na demanda por voos domésticos no último mês de setembro, recuando 4,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado, com 7,1 milhões de passageiros. Esse foi o 14º resultado negativo consecutivo para a estatística. A oferta, em baixa há 13 meses, teve retração de 5% na mesma base de comparação.

Em valores absolutos, a demanda total apurada em setembro é a mais baixa nos últimos seis anos. Para a oferta e para o volume de passageiros transportados, os resultados são os mais fracos desde setembro de 2012. De janeiro a setembro, a oferta já acumula baixa de 6,1%, refletindo a demanda 6,3% menor e a queda de 8% no total de passageiros.

A Gol Linhas Aéreas manteve a liderança no mercado doméstico, com 36,61% de participação; seguida da LATAM com 34,17%. A Azul se manteve estável com 17,23%; seguida pela Avianca com 11,99%. Atualmente as quatro companhias detêm praticamente 99% do mercado doméstico nacional.

O total de cargas para setembro foi de 27,5 mil toneladas em voos realizados dentro do país, uma redução de 3,1% quando comparado ao mesmo período de 2015. Em contrapartida, no segmento internacional, foram 15,3 mil toneladas transportadas, um acréscimo de 4,7% na mesma base de comparação.

Um lado positivo
Embora com um mercado adverso, especialmente por causa do desaquecimento econômico, as empresas aéreas conseguiram manter estável o preço médio dos bilhetes, compensando assim as perdas com a menor demanda. Conforme revelado pela 35ª edição do Relatório Nacional de Tarifas Aéreas da ANAC, o valor pago variou apenas R$ 0,78 (0,2%) em relação ao registrado no primeiro semestre de 2015.

Como consequência, a queda da oferta resultou em aprimoramento de 0,53 ponto percentual do fator de aproveitamento em relação a setembro do ano passado, chegando aos 80,11%. O índice é considerado extremamente positivo em um comparativo com a aviação regular mundial, porém, reflete o reajuste realizado pelas companhias aéreas para manter a rentabilidade.

Redação
Publicado em 21/10/2016, às 14h00 - Atualizado em 25/10/2016, às 15h48


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