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Airbus e Boeing

American Airlines negocia a compra de 100 aviões

American Airlines está negociando com Airbus e Boeing a compra de 100 aviões de fuselagem estreita


American Airlines é a maior operadora mundial do A321 - Divulgação
American Airlines é a maior operadora mundial do A321 - Divulgação

A American Airlines informou hoje (02), que está negociando a compra de 100 aviões de fuselagem estreita com as fabricantes Airbus e Boeing.

De acordo com a agência Bloomberg, a American Airlines está avaliando a aquisição de aeronaves A321neo e 737 MAX. O pedido pode ultrapassar a marca de 200 unidades, considerando os direitos e opções de compra.

A intenção é substituir parte da frota de corredor único, incluindo os A319, A320 e 737-800, utilizados em rotas domésticas e em voos internacionais de média distância.

A American Airlines receberá ao todo 23 novas aeronaves no ano de 2023, sendo dois A321neo, 17 737 MAX e quatro 787-8. Encerrando o ano com uma frota composta por 957 aviões. 

As negociações da transportadora ocorrem diante da corrida das companhias aéreas em garantir novos aviões, em resposta a crescente demanda por viagens.

Em uma tentativa de aumentar a produção de seus principais produtos, Airbus e Boeing tem enfrentado problemas na cadeia de suprimentos, impossibilitando honrar os prazos de entregas.

A norte-americana pretende produzir 38 aeronaves 737 MAX por mês até o final deste ano, aumentando o ritmo de produção mensal para 42 unidades em meados de 2024. Já a Airbus espera atingir a marca de 65 aviões da família A320neo por mês no fim de 2024, alcançado a meta de 75 unidades em 2026.

Além das fabricantes de aeronaves, fornecedores de peças e motores também registram entraves operacionais, dificultando o aumento da capacidade por parte das aéreas.

Diante deste cenário, as empresas aéreas tem firmado pedidos bilionários, visando garantir os slots de produção e a entrega de aviões que serão utilizados para atender a demanda das próximas duas décadas.

De acordo com as recentes projeções das fabricantes, o mercado precisará de cerca de 40.000 novos aviões nos próximos vinte anos, com 80% das vendas concentradas nos jatos de fuselagem estreita.

Por Wesley Lichmann
Publicado em 02/08/2023, às 17h20


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