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Infinito e além

Inspirados em gansos, projetistas de aeronave movida a energia solar planejam voo infinito

A Luminati Aerospace espera voar com quatro aeronaves por tempo indeterminado na estratosfera


O sonho de voo sem consumo de combustível fóssil pode se tornar realidade e baseado em dois conceitos já existentes, energia solar e vórtices em voo. A Luminati Aerospace anunciou que sua aeronave Sustrata, alimentada por energia solar, poderá permanecer na estratosfera infinitamente, por meio de um sistema automático de busca de vórtices.

Segundo a empresa, as simulações em computador confirmaram a teoria de um voo perpetuo, que indicaram que uma média de 75% de redução na potência é exigida da aeronave de acompanhamento.

A ideia do voo em formação com os vórtices foi inspirada no voo migratório dos gansos. O pássaro que lidera a formação gera os vórtices das pontas das asas que são captados pela ave que fecha a formação, posicionada na parte ascendente da turbulência. Como resultado os gansos que voam atrás do líder necessitam de menos energia a seu ritmo cardíaco é reduzido cerca de 25%.

A intenção é que quatro aeronaves voem em formação diamante, aproveitando ao máximo do fenômeno. O ponto de fuga do diamante oferece a oportunidade de captação do dobro da energia ao aproveitar os dois vórtices das pontas das asas da aeronave à frente.

Para viabilizar o máximo de tempo em voo, as aeronaves utilizaram energia solar, se beneficiando da maior radiação na estratosfera. A Luminati prevê que a aplicação para o voo perpétuo incluirá a transmissão sinais de Internet para regiões remotas e missões de segurança nacional. No futuro, caso o projeto se confirme, a empresa poderá construir aeronaves maiores para o transporte de equipamentos comerciais para comunicações e cargas úteis para missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.

Por Ernesto Klotzel
Publicado em 06/08/2018, às 16h00 - Atualizado em 07/08/2018, às 00h25


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