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Acionistas podem processar a Boeing por acidentes com o 737 MAX

Fabricante se diz 'decepcionada' com a decisão da Justiça


Boeing 737 MAX 8

Decisão judicial pode fazer com que fabricante desembolse bilhões de dólares - Foto: Divulgação

A Justiça do Estado de Delaware, nos Estados Unidos, decidiu que acionistas da Boeing podem processar a empresa, por falta de monitoramento da segurança e da aeronavegabilidade do 737 MAX. Os dois acidentes envolvendo aeronaves da Lion Air e da Ethiopian Airlines, que mataram 346 pessoas, foram os fatores decisivos para o parecer final.

Segundo o juiz Morgan Zurn, em parecer publicado na terça-feira (7), "embora possa parecer insensível diante de suas perdas, a lei corporativa reconhece outro conjunto de vítimas: a Boeing como uma empresa, e seus acionistas”, mas que “as principais (...) são, é claro, os falecidos, suas famílias e seus entes queridos”.

O magistrado acrescentou ainda que, mesmo após a queda do voo JT610 da Lion Air em 29 de outubro de 2018, que matou 189 passageiros e tripulantes minutos após a decolagem de Jacarta (CGK), o foco das reuniões do conselho da fabricante em dezembro, em relação ao 737 MAX e o acidente, foi para restaurar a lucratividade e a eficiência, ignorando a gravidade da situação.

Em resposta, a Boeing se mostrou ‘decepcionada’ com a decisão e afirmou que, em 2020, os custos não litigiosos sobre este caso incorreram em US$ 20 bilhões (R$ 104,4 bilhões) e os litigiosos em US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões).

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Marcel Cardoso
Publicado em 08/09/2021, às 10h25 - Atualizado às 17h53


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